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SOBRE NÓS

A Associação Ministério Prisional Nova Esperança foi criada em Setembro de 2000, e reconhecida oficialmente em Dezembro de 2001, na cidade de Chimoio, Moçambique, tendo a sua constituição publicada no boletim da República Moçambicana.

 

O casal impulsionador para a criação desta instituição foram um casal português – Rosária e Samuel Garcia -, que juntamente com outros casais em Moçambique, sentiram a necessidade de realizarem algo que pudesse minorar o problema cada vez mais crescente neste país – a condição precária dos reclusos nos Estabelecimentos Prisionais, apoio às famílias dos reclusos, e apoio à população menos favorecida da província de Manica.

 

O início desta instituição não foi fácil, e durante meses toda a equipa de fundadores lutaram muito para estruturar a associação, que até ao presente momento tem crescimento de forma consistente em Moçambique.

 

Por motivos familiares, Rosária e Samuel Garcia retornaram a Portugal, e em 2010 finalizou-se o processo de registo da associação em Portugal, para que a mesma pudesse ser uma mais-valia neste país.

MOÇAMBIQUE

Moçambique é um país em desenvolvimento que, de acordo com o INE (Instituto Nacional de Estatísticas) Moçambicano, atingiu em 2016 mais de 27 milhões habitantes. Segundo Censos de 2007, 10% dos agregados familiares possuíam electricidade, 54% usava petróleo e outros 30,3 usavam lenha como fonte de iluminação. Quanto ao saneamento, os dados mostravam que 54% das casas não possuíam qualquer tipo de saneamento básico. Somente 10,1% tinham água canalizada, e a maioria da população (46,9%) abastecia-se de poços sem bombas manuais.  (Aguardamos novos Censos para actualizar dados).

 

Na altura da criação da associação, grande parte da população na província de Manica vivia em condições mais precárias que as actuais, em diversos níveis: saúde, habitação, alimentação, empregabilidade, educação, etc.

 

Devido ao desemprego, e outras condições de precárias de vida, muitos dos jovens e pais de família foram detidos por roubarem alimento para darem à família, pois não tinham condições económicas que lhes permitisse sustentar a família, que na sua maioria era numerosa.

 

Assim, a associação começou a desenvolver reuniões semanais de sensibilização e formação profissional junto aos reclusos de um dos estabelecimentos prisionais da província, tendo expandido estas reuniões de sensibilização e formações profissionais (carpintaria, alfaiataria, artesanato, confecção de cana de açucar e mandioca) até 2004, data de retorno do casal Rosária e Samuel Garcia, presidentes da associação, a mais quatro estabelecimentos prisionais na província de Manica.

 

Durante os primeiros quatro anos de existência da associação foram desenvolvidas algumas obras de requalificação de infra-estruturas existentes, que estavam destruídas e outras que estavam em uso, mas em péssimo estado de conservação. Entre as quais uma escola, com quatro salas de aula, para formação de crianças e adultos, a qual foi inaugurada a 1 de setembro de 2002 com a presença do representante do Ministério da Justiça e o Director Provincial da Educação. Estas obras de requalificação foram possíveis graças a generosos donativos dos parceiros individuais e colectivos, provenientes de Portugal, Suécia, Inglaterra e Estados Unidos da América.

 

Também foram oferecidos livros, cobertores, artigos de higéne pessoal e alimentos, graças a donativos de sócios e outros mecenas.

 

Sendo esta associação sensível à problemática da HIV/SIDA, em parceria com uma instituição local, em 2004 iniciaram-se projectos conjuntos de apoio a cerca de 200 crianças órfãs. Damos ajuda, dentro do possível, com lanches para as crianças, e também na área do ensino.

 

Na última década, temos vindo a dar continuidade aos trabalhos iniciados desde o início da associação, realizando formações de confecção de alimentos com produtos nacionais de Moçambique (cana de açúcar, polvilho, mandioca, etc.), ensinando a população de Chimoio a usar estes produtos alimentares característicos e subaproveitados.

 

Para além das reuniões de sensibilização e das formações profissionais já existentes nos Estabelecimentos Prisionais acima mencionados, iniciámos também os cursos de mercenária, costura, serralharia, mecânica e sapataria nos Estabelecimentos Prisionais.

 

Em 2010 deu-se a construção de uma Escola numa fracção do terreno do Centro Nova Esperança, para formação das crianças e população em geral residente nas vilas circunvizinhas deste Centro. Tendo também sido iniciado neste mesmo Centro, o projecto social “KUKULA” que consiste em aulas e doação de refeições para crianças órfãs e carenciadas.

 

Em 2011, graças a uma generosa doação por parte de um dos nossos parceiros, pudemos oferecer 11 bicicletas a formadores locais que deslocavam quilómetros a pé, para reuniões de sensibilização de hábitos de vida saudável com a população.

 

De 2012 a 2015 temos vindo a consolidar os projectos iniciados ao longo dos anos, tendo sido realizadas algumas formações, apoio às crianças e jovens, bem como acompanhamentos a reclusos. 

 

Neste momento encontra-se em construção o Centro de Formação Profissional em terreno cedido pelas autoridades autárquicas da cidade de Chimoio, onde haverá aulas de formação em várias áreas. Este centro tem como objectivo principal possibilitar a formação de jovens, como forma de dar qualificações profissionais e prevenção à criminalidade.

 

O curso de processamento de mandioca tem vindo a ser desenvolvido em algumas localidades, onde temos ensinado como usar a mandioca nas suas dietas alimentares. Bem como desenvolvido actividades de ensino e recreativas com as crianças.

PORTUGAL

Após alguns anos de retorno do casal Rosária e Samuel Garcia (foto acima) a Portugal, ainda como responsáveis da associação em Moçambique, juntamente com outras pessoas amigas conscientizadas para a problemática do recluso e seus familiares, trataram da legalização desta mesma associação em Portugal.

 

Esta associação sem fins lucrativos, de protecção e promoção dos direitos humanos, foi constituída a 8 de Fevereiro de 2010, sob o n.º 1063/10, com sede nacional no concelho de Loures.

 

O grande objectivo da associação é a inserção pessoal, social, laboral e cultural de pessoas que se encontrem em situação de exclusão social, nomeadamente a população residente ou proveniente de meio prisional e seus familiares.

 

Esta associação foi criada com o fim de atingir os seguintes objectivos:

  • Colaborar com a sociedade na solução de problemas, nas áreas da promoção física e social do homem, sem distinção de raça, condição social, sexo, nacionalidade, credo religioso ou filiação partidária.

  • Promover a formação moral, social e cívica, a reclusos dentro e fora dos estabelecimentos prisionais.

  • Estabelecer e reforçar a cooperação de Portugal com países em vias de desenvolvimento, nomeadamente Moçambique através de iniciativas que promovam a melhoria da situação económica das camadas mais pobres da população e de projectos regionais que estimulem o desenvolvimento auto-sustentável.

  • Promover cursos de formação profissional e educação geral, dentro e fora dos estabelecimentos prisionais.

  • Criar e apoiar o desenvolvimento de projectos Agro-pecuários, pequenos negócios e pequenas oficinas.

  • Apoio nas áreas da formação cívica, e humana, através de seminários, estágios e cursos.

  • Apoio, acompanhamento e aconselhamento na inserção ou reintegração do ex-recluso na sociedade, cooperando com as autoridades, comunidades, associações ou a família.

 

Actividades desenvolvidas em Portugal:

 

Em 2011 deu-se início ao processo de reconhecimento desta associação como Organização Não Governamental para o Desenvolvimento, junto ao I.P.A.D. (Instituto Para o Apoio ao Desenvolvimento), tendo sido concedido estatuto de ONGD em Março de 2012.

 

Deu-se início também a um curso de pintura, com duração de seis meses, num Estabelecimento Prisional do distrito de Lisboa, tendo um grupo de 10 a 12 reclusos como alunos.

 

Devido ao aumento das dificuldades económicas e ao aumento de desemprego, fruto da crise económica nacional, algumas famílias recorreram a esta associação, a fim de obter algumas ajudas, inclusive ajuda alimentar. 

 

Em Junho de 2012, esta associação passou a fazer parte da Rede Social Inter-freguesias Loures / Lousã / Fanhões.

 

Em Julho de 2013, foi criada uma Equipa de Redução de Riscos e Minimização de Danos designada por “Equipa de Rua Nova Esperança". Neste mesmo ano começámos a ir semanalmente ao MARL (Mercado Abastecedor da Região de Lisboa). Com os alimentos doados pelos comerciantes ali presentes, temos conseguido dar maior apoio alimentar a várias famílias. Também começámos com as visitas solidárias num dos Estabelecimentos Prisionais de Lisboa.

 

Os últimos anos têm sido anos de consolidação das actividades iniciadas.

Estatutos

Apresentação

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